Me olho no espelho e posso ver, carrego marcas em mim. Não marcas de expressão, dessas que as mulheres temem e que denotam experiência e o amadurecimento que a vida encarrega de trazer e expor na face de cada uma ao decorrer dos anos. Deveras, no auge dos meus 22 anos, minha pele carregada de todo colágeno que meu organismo é capaz de produzir, seria cômico ter algo assim.
Mas não, não são essas marcas que levo. Minhas marcas vão além de uma linha tênue no rosto.
Minhas feridas são profundas, ultrapassam a epiderme. Me tocam a alma, machucam o peito e sangram o coração maltratado a cada batida em busca da sobrevivência. Sangram como uma hemorragia interna que ninguém vê mas que meu corpo sente a dor intensa que lhe causa.
E ainda assim vivo, revivo, sobrevivo. Levando a cada novo dia uma nova marca da vida, que me faz se como sou, orgulhosa do meu ser e de cada experiência que me proporciona nos instantes vividos.
'A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida.' (Vinícius de Moraes)
sábado, 16 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
A falta que faz.
Pela manhã eu visto minha roupa de viver e saio por aí como quem caminha normalmente.
Mas é quando chega a noite que sinto sua falta, falta dos segredos e da cama que um dia dividimos, do seu cheiro e do seu beijo, do seu abraço, do seu alento e dos seus braços aonde eu me aconchegava e sentia o calor de um lugar seguro aonde eu poderia dormir na certeza de que nenhum mal chegaria. Por que eu estava com você, e nada me deixava mais segura do que isso. Mas um dia tudo isso se foi e hoje nessa cama vazia só ficou o espaço frio que antes era ocupado pelo seu corpo, e ainda pior que olhar para o lado e ver o vazio é olhar para o meu peito e ver o buraco que você deixou quando se foi levando parte de mim e do meu coração.
Mas é quando chega a noite que sinto sua falta, falta dos segredos e da cama que um dia dividimos, do seu cheiro e do seu beijo, do seu abraço, do seu alento e dos seus braços aonde eu me aconchegava e sentia o calor de um lugar seguro aonde eu poderia dormir na certeza de que nenhum mal chegaria. Por que eu estava com você, e nada me deixava mais segura do que isso. Mas um dia tudo isso se foi e hoje nessa cama vazia só ficou o espaço frio que antes era ocupado pelo seu corpo, e ainda pior que olhar para o lado e ver o vazio é olhar para o meu peito e ver o buraco que você deixou quando se foi levando parte de mim e do meu coração.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Reinventando
E assim a gente vive,
revive, sobrevive. A dor, a perda, as mudanças. E segue a vida, segue por que é
assim que tem que ser, o tempo não para pra esperar você ficar bem e se recuperar,
o mundo continua girando enquanto você recompõe cada pedaço perdido ao longo da
estrada. Constrói e se reconstrói, constrói novos objetivos, estabelece metas e
traça um novo rumo para seu caminho. Reconstrói cada parte do peito que lhe foi
arrancada da maneira mais bruta que se pode imaginar. Aprende a se reinventar
para deixar pra trás cada vestígio, cada má escolha e conseguir trilhar uma
nova vida sem olhar pra trás, trazendo consigo somente o que houver de bom.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Chegadas e Partidas
Olha você aqui de novo, revirando meu mundo, mexendo com a minha cabeça e com o coração, voltando na minha vida como se tudo fosse normal e tivessem se passado apenas 3 dias, mas olho para trás, e 3 anos se passaram desde que tive certeza de que você seria o amor que levaria pra vida, aquele que é inesquecível e que vive com a gente pra sempre.
Tudo bem, achei que acabaria e eu iria sofrer assim como todo mundo, afinal, sofrer é normal, faz parte do processo da perda. Mas hoje me vejo mais uma vez revivendo cada tormento que isso já me causou e é como se não tivesse passado, como se nada tivesse mudado e você nunca tivesse ido embora. Sinto sua ausência a cada momento do dia e isso dói, machuca. Achei que fosse uma ferida cicatrizada que estava guardada, dessas que todo mundo tem e caminha por ai normalmente, eu cheguei a achar que poderia caminhar normalmente, mas de repente você volta e faz ela sangrar de novo, faz arder o peito uma chama de 3 anos de amor contido, mas que hoje tenho certeza de que nunca mudou.
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